terça-feira, 9 de abril de 2013

Futurismo no Brasil

No Brasil, o futurismo teve grande influência na produção artística de artistas ligados ao movimento modernista.
Artistas como Oswald de Andrade e Anita Mafaltti tiveram contato com o Manifesto Futurista e com Marinetti em viagens à Europa e muitas idéias e conceitos futuristas foram incorporados às obras desses modernistas brasileiros.
Pode-se observas as influências do futurismo na Semana de Arte Moderna de 1922, com seus conceitos de "desprezo o passado para criar o futuro e não à cópia e veneração pela originalidade", esses conceitos cairam como uma luva para os jovens artistas pararem com as cópias de modelos europeus e criarem uma arte brasileira.
Oswald, principalmente, apercebeu-se que o Brasil e toda sua diversidade cultural, desde as variadas autóctones de índios até a cultura negra, representavam uma vantagem e que com ela podia se construir uma indentidade e renovar as letras e as artes.

Anita Malfatti

Foi uma das pioneiras do Futurismo no Brasil.Anita Malfatti foi uma importante e famosa artista plástica (pintora e desenhista) brasileira. Nasceu na cidade de São Paulo, no dia 2 de dezembro de 1889 e faleceu na mesma cidade, em 6 de novembro de 1964.



Vida e obra 
Anita Malfatti era filha de Bety Malfatti (norte-americana de origem alemã) e pai italiano. Estudou pintura em escolas de arte na Alemanha e nos Estados Unidos (estudou na Independent School of Art em Nova Iorque). Em sua passagem pela Alemanha, em 1910, entrou em contato com o expressionismo, que a influenciou muito. Já nos Estados Unidos teve contato com o movimento modernista.
Em 1917, Anita Malfatti realizou uma exposição artística muito polêmica, por ser inovadora, e ao mesmo tempo revolucionária. As obras de Anita, que retratavam principalmente os personagens marginalizados dos centros urbanos, causou desaprovação nos integrantes das classes sociais mais conservadoras.
Em 1922, junto com seu amigo Mario de Andrade, participou da Semana de Arte Moderna. Ela fazia parte do Grupo dos Cinco, integrado por Malfatti, Mario de Andrade, Tarsila do Amaral,Oswald de Andrad e Menotti del Picchia.
Entre os anos de 1923 e 1928 foi morar em Paris. Retornou à São Paulo em 1928 e passou a lecionar desenho na Universidade Mackenzie até o ano de 1933. Em 1942, tornou-se presidente do sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Entre 1933 e 1953, passou a lecionar desenho nas dependências de sua casa. 


Principais obras de Anita Malfatti

- A boba


- As margaridas de Mário




Características do Futurismo

- Dinamicidade;
- Aspectos mecânicos;
- Velocidade abstrata;
- Uso de elementos geométricos;
- Esquemas sucessivos de representação do objeto pictórico, como exposição fotográfica múltipla;
- Movimentos animados pela fragmentação das figuras representadas, conforme o modernismo. ( no final da fase fica próximo ao cubismo);
- Desvalorização da tradição e do moralismo.


                                                                                  
 Para os futuristas a palavra chave era o dinamismo, considerado uma força universal e que deveria estar presente em todas as artes, reunindo ao mesmo tempo os elementos som, luz e movimento. A expressão plástica que mais os caracteriza é a simultaneidade, ou seja, a multiplicidade de imagens reunidas em uma só obra. Naquele momento, a transgressão das regras alterava a visão da natureza. De fato, os futuristas expressam a violência e representam a dinâmica do teatro da nova vida e, para tanto, distorcem a imagem do espectador, reproduzindo no quadro, imagens sequenciadas como numa fita de cinema.

domingo, 7 de abril de 2013

Os principais artistas futuristas

Giacomo Balla (1871-1958), Umberto Boccioni (1882-1916) e Carlos Carrà (1881-1957) assinaram o “manifesto dos pintores futuristas” em 1910. Já se inclinavam a interessar-se pala exaltada fantasia do fim do século XIX misturada ao culto modernista à máquina e à retórica política extremista do manifesto de Marinetti. Tinham desenvolvido práticas em reação às complexas opções que lhes eram apresentadas no fim do século – sendo o realismo social, o simbolismo, o impressionismo, e o neo-impressionismo somente alguns dos estilos internacionais em que se havia formado sua arte.
Todos tinham a convicção de que o significado do artista e sua obra iam além do ateliê, do salão ou do museu, e de que a visão do artista era o elemento decisivo que marcava o compasso do desenvolvimento da sociedade. Assim, a “vanguarda” achava-se, por definição, adiante do resto da humanidade, sendo que esta acabava adotando sua visão pioneira.



GIACOMO BALLA

Giacomo Balla nasceu em Turim, na Itália, em 1871. Em 1910 declarou publicamente sua filiação ao movimento futurista do qual se afastou em 1931. Morre no ano de 1958, em Itália.
O pintor italiano durante a sua obra tentou endeusar os novos avanços científicos e técnicos por meio de representações totalmente desnaturalizadas, sem chegar a uma total abstracção. Mesmo assim, mostrou grande preocupação com o dinamismo das formas, com a situação da luz e a integração do espectro cromático. A sua formação académica restringiu-se a um curso nocturno de desenho, de dois meses de duração, na Academia Albertina de Turim, sua cidade natal. Em 1895 o pintor mudou-se para Roma, onde apresentou regularmente suas primeiras obras em todas as exposições da Sociedade dos Amadores e Cultores das Belas-Artes.Cinco anos mais tarde, fez uma viagem a Paris, onde entrou em contacto com a obra dos impressionistas e neo-impressionistas e participou em várias exposições. Na volta a Roma, conheceu Marinetti, Boccioni e Severini. Um ano mais tarde, junta-se a eles para assinar o Manifesto Técnico da Pintura Futurista.Preocupado, como seus companheiros, em encontrar uma maneira de visualizar as teorias do movimento, apresentou em 1912 seu primeiro quadro futurista intitulado Cão na Coleira ou Cão Atrelado.Dissolvido o movimento, Balla retornou às suas pinturas realistas e voltou-se para a escultura e a cenografia. Embora em princípio Balla continuasse influenciado pelos divisionistas, não demorou a encontrar uma maneira de se ajustar à nova linguagem do movimento a que pertencia. Um recurso dos mais originais que ele usou para representar o dinamismo foi a simultaneidade, ou desintegração das formas, numa repetição quase infinita, que permitia ao observador captar de uma só vez todas as sequências do movimento.
                              (http://futurismo1909.wordpress.com/protagonistas/giacomo-balla/)
Dinamismo de um cão na coleira de 1912
Óleo sobre Tela

Voô das Andorinhas, 1913
Têmpera sobre papel

UMBERTO BOCCIONI

Escultor e pintor italiano (19/10/1882-16/8/1916). Propondo renovações nas artes plásticas, é um dos teóricos do futurismo. Nascido em Reggio di Calabria, trabalha entre 1898 e 1902 no estúdio de Giacomo Balla, onde aprende a pintar como os pontilhistas. Em 1907 muda-se para Milão.
Recebe influência de Filippo Marinetti, que lança o futurismo como movimento literário, glorificando o dinamismo proporcionado pela tecnologia. Em 1910, ele e outros pintores publicam o Manifesto Técnico dos Pintores Futuristas, no qual promovem a representação dos símbolos da moderna tecnologia: violência, poder e velocidade.

Umberto Boccioni Em 1909 pinta sua mais importante obra, Tumulto na Galeria. Em 1912 publica o Manifesto da Escultura Futurista, apresentando o uso de materiais como vidro, madeira, cimento, tecido e lâmpadas elétricas para executar peças de arte. Também sugere o uso de motor para mover partes das esculturas.
Desenvolvimento de uma Garrafa no Espaço (1912) e Formas Únicas de Continuidade no Espaço (1913) são suas esculturas mais importantes. Morre em Verona, em consequência de uma queda de cavalo.
                                 (http://www.algosobre.com.br/biografias/umberto-boccioni.html)


 Os aumentos da Cidade, 1910. Esta pintura é considerada por alguns como uma pintura futurista por excelência devido à sua representação de dinamismo, velocidade e movimento.

 Estados de espírito, os que ficam, 1911.
Óleo sobre tela, Museu de Arte Moderna de Nova York.

Formas Únicas da Continuidade no Espaço


CARLOS CARRÁ

Nascido em uma família de artesãos, Carlo Carrà dedica-se em seus primeiros anos ao ofício de decorador mural. De 1906-1908 estuda com Cesare Tallone na Academia de Belas Artes de Brera. É nesse período que ele conhece um outro aluno da Academia que teria grande importância em sua vida: UmbertoBoccioni. Juntos, animados pelas idéias de Marinetti, elaboram em conjunto com Russolo, Balla e Severini o que seria considerado o marco de uma nova forma de expressão nas artes plásticas: "Pintura futurista: manifesto técnico", em 1910. A pintura de Carrà, nesta época, era muito marcada por um desdobramento do pontilhismo, que adquiria em suas mãos um dinamismo veloz que seria impensável em pintores como Seurat ou Signac. Sua interpretação pessoal dos conceitos futuristas de simultaneidade e dinamismo encontrará, nas telas de 1911 a 1913, recortes e rebatimentos de vários planos sobre vários eixos, mostrando que as viagens a Paris que realizou naqueles anos deixaram algumas marcas em sua perspectiva estética. Em seu manifesto de 1913, "De Cézanne a nós, os futuristas", Carrà discorre sobre a complexidade desta relação: "Se acusamos os cubistas, como antes os impressionistas, de não criar obras, mas apenas fragmentos, é porque em seus quadros se sente a necessidade de um desenvolvimento ulterior e mais vasto. (...) Nossos quadros não são mais acidentais e transitórios, limitados a uma hora do dia, ou a um dia, ou a uma estação. Nós, futuristas, destruindo a unidade de tempo e lugar, trazemos à pintura uma integração de sensações que é a síntese do plástico universal". Em 1914 realiza algumas colagens e começaa a se afastar do futurismo. Conhece de Chirico em 1917 e fica entusiasmado com as novas possibilidades que a pintura metafísica poderia lhe proporcionar, pela criação de uma atmosfera ao mesmo tempo mágica e estranha através de imagens misteriosas e desconexas. Neste mesmo ano vai para o exército do qual sairá em 1919. Nos anos 20 dá a última grande guinada de sua carreira retornando de maneira acentuada a um figurativismo marcado por uma relação orgânica com a realidade natural, que o acompanhará até o fim de seus dias, onde recuperam-se referências proibidas em sua época futurista: Giotto, Masaccio, Paolo Uccello, Piero della Francesca e por fim, Cézanne. Suas telas mostram uma busca renovada de elementos estruturadores associado a uma plasticidade dos corpos que buscam um equilíbrio da composição quase arquitetural. Esta solução desgasta-se com o passar do tempo mostrando o esgotamento de suas soluções pictóricas nas telas de sua produção final. O MAC possui quatro óleos do artista, de sua época pós-metafísica.

Manifestação intervencionista

Funerais do anarquista Galli

Mas afinal, o que é Futurismo?

O Futurismo é um movimento artístico e literário, que surgiu oficialmente em 20 de fevereiro de 1909 com a publicação do Manifesto Futurista, pelo poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. Os adeptos do movimento rejeitavam o moralismo e o passado, e suas obras baseavam-se fortemente na velocidade e nos desenvolvimentos tecnológicos do final do século XIX. Os primeiros futuristas europeus também exaltavam a guerra e a violência. O Futurismo desenvolveu-se em todas as artes e influenciou diversos artistas que depois fundaram outros movimentos modernistas.

Movimento artístico lançado em Itália pelo escritor F. T. Marinetti em 1909, que se baseia numa noção dinâmica e enérgica da vida moderna, voltada para o futuro, exaltando a força, a velocidade e a tecnologia e rejeitando o passado e a tradição.
                                                               ( http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/futurismo).

O Futurismo é um movimento artístico e literário surgido oficialmente em 20 de fevereiro de 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. A obra rejeitava o moralismo e o passado. Apresentava um novo tipo de beleza, baseado na velocidade e na elevação da violência.


Obra Futurista de Giacomo Balla, Dia de um trabalhador.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Felippo Marinetti : o criador do movimento futurista


Filippo Tommaso Marinetti (Alexandria, Egito, 22 de dezembro de 1876Bellagio, 2 de dezembro de 1944) foi um escritor, poeta, editor, ideólogo, jornalista e ativista político italiano. Foi o criador do movimento futurista, cujo manifesto publicou no jornal parisiense Le Figaro, em (20 de fevereiro de 1909).

Italiano nascido na cidade egípcia de Alexandria, foi um dos criadores do movimento estético denominado futurismo - a primeira vanguarda histórica do século XX. Filho de um rico comerciante, fez seus estudos em sua cidade natal, e também em Paris, Pádua e Gênova, onde se formou em direito e viveu muito tempo.
Suas primeiras obras foram poemas que escreveu para revistas literárias e, mais tarde. para sua própria revista - Poesia. Publicou no jornal Le Figaro (1909), de Paris, um famoso manifesto em que mostrou sua oposição às fórmulas tradicionais e acadêmicas, expondo a necessidade de abandonar as velhas fórmulas e criar uma arte livre e anárquica, capaz de expressar o dinamismo e a energia da moderna sociedade industrial, que é considerado o texto fundador do movimento futurista. Este não foi o único movimento italiano de vanguarda, tendo sido no entanto o mais radical de todos, por pregar ruidosamente a antitradição. Indicava que as artes demolissem o passado e tudo o mais que significasse tradição, e celebrassem a velocidade, a era mecânica, a eletricidade, o dinamismo, a guerra.
O manifesto futurista de Felippo Marinetti

Juntaram-se a este "maluco idealista", Umberto Boccioni, Luigi Russolo e Carlo Carrà, autores do Manifesto dos pintores futuristas em 1910, no mesmo ano em que Boccioni redigiria o Manifesto técnico da pintura futurista. Com a Grande Guerra (1914-1918), o futurismo quase morreu juntamente com seus artistas mortos em combate, como Boccioni, ou vencidos pelo renascimento tradicionalista.
Alguns jovens artistas tentaram reavivá-lo depois da guerra, mas sem sucesso. No entanto, sua influência sobre os movimentos modernos que se seguiram foi importante e duradoura.
Marinetti radicou-se definitivamente na Itália e glorificou a I Guerra Mundial como o mais belo poema futurista. Alistou-se no exército italiano, defendeu a intervenção italiana na guerra e ingressou no Partido Nacional Fascista (1919). Politicamente foi um ativo militante fascista e chegou a afirmar que a ideologia do partido representava uma extensão natural das idéias futuristas.
  Felippo decidiu fazer parte do exército italiano durante a I Guerra Mundial

Entre obras teatrais, romances e textos ideológicos de sua autoria citam-se Le Roi bombance (1909), Mafarka le futuriste (1910), Guerra sola igiene del mondo (1915), Futurismo e fascismo (1924).
Morreu em 2 de novembro de 1944, em Bellagio.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Filippo_Tommaso_Marinetti